De olho no conhecimento “encarnado” sobre trabalho associado e autogestão
Eles fecham as fábricas, nós abrimos. Eles roubam as terras e nós as ocupamos.
Eles fazem as guerras e destroem as nações, nós defendemos a paz e a integração
soberana dos povos. Eles dividem, nós unimos.
Porque somos a classe trabalhadora.
Porque somos o presente e o futuro da humanidade.³
No campo de estudos e pesquisas Trabalho e Educação temos nos debruçado sobre as dimensões ontológicas e sociológicas do trabalho, trazendo à superfície as formas históricas de produção da existência humana e suas manifestações. Tratamos de questões objetivo-subjetivas de diversas ordens, buscando sua materialidade nas maneiras como os seres humanos, mediados pelo trabalho, estabelecem relações com natureza e entre si. Não nos cansamos de celebrar o trabalho como elemento fundamental da constituição e, tampouco de buscar a “unidade do diverso” (Marx, 1978) – o que pressupõe o desafio de captar (ou pelo menos, reconhecer) como, ao longo da história da humanidade, os grupos, classes sociais e os indivíduos singularmente se relacionam no processo de produção da realidade humano-social.